sábado, 27 de agosto de 2011

Um índio, a Taquaritinga e a tabatinga


(Uma curiosa história de Cabuçu)
por Fernanda Bastos da Silva Filadelfo*

Conta a lenda que, desde os primórdios da colonização brasileira, as terras que hoje comportam o bairro de Cabuçu eram povoadas pelo índios Tupinambás. Eles cultivavam mandioca e viviam às margens dos rios Cabuçu e Ipiranga, entre outros. Dizem que eles utilizavam as folhas de uma árvore milenar para colocar seus pés quando saiam de casa para visitar outras tribos pois, naquela época, a tecnologia ainda era precária e eles tinham que conviver com a tabatinga e a lama nas ruas, em função das terras baixas e alagadiças que constituíam os brejais que dominavam a morfologia da paisagem.

Os índios deram nome a vários lugares de Cabuçu, inclusive o próprio nome “Cabuçu” é de origem Tupi e significa “Abelha Grande”. Dos índios também vieram os nomes das ruas Itororó e Taquaretinga. O que muita gente não sabe é que um certo índio tupinambá nomeou a árvore milenar utilizada por várias gerações de “boça pá istica”.

Após um tempo vieram os colonizadores e a região de Cabuçu tornou-se um importante ponto de produção de cana-de-açúcar, com destaque para os engenhos Marapicú, Ipiranga, Cabuçu e Mato Grosso. O escoamento desses produtos era feito por rota fluvial ou por meios dos caminhos como o caminho do mato grosso, a antiga estrada de Queimados e Cabuçu (em frente à fazenda Cabuçu) e a rua Taquaritinga ligava o Aliança a Cabuçu.

Histórias orais contam que do alto dos montes dava para ver a poeira subindo no horizonte da Baixada, conforme passavam os tropeiros com seus muares, chegavam a fazer desenhos no ar. O caminho de Queimados, que era um pouso de parada para tropeiros, passou a ser a última parada antes dos tropeiros subirem a Serra do Mar, rumo a Minas Gerais. Dizem que quando chovia os cavalos não conseguiam transitar em meio à lama, com suas ferraduras, tendo que colocar, os tropeiros, sacos de couro nas patas dos animais para a longa caminhada.

E a cana chegou à sua fase de declínio e o café foi introduzido nas fazendas. Mas o café não vingou nas terras da Baixada e, com isso, em Cabuçu. O que ficou foram as tecnologias introduzidas para o escoamento dele, pois Cabuçu fica no caminho entre dois portos importantes, o do Rio de Janeiro e o de Itaguaí. Construíram-se em meados do séc. XIX, as ferrovias, entre elas a de Santa Cruz e Dom Pedro II (hoje chamada Central do Brasil). O que não se fala muito é que havia um ramal que liga essas duas ferrovias e que esse ramal passava em Cabuçu. (hoje chamada Linha Velha). Suas locomotivas a vapor eram abastecidas pelas caixas d’água instaladas ao longo dos trilhos, como a que fica nas margens da lagoa azul. Interessante é que essa ferrovia cortava brejos e, conforme os médicos sanitaristas, ela, ao represar as águas, provocou a disseminação de doenças provenientes das águas paradas. Com a ferrovia, porém, Cabuçu perdeu a importância política. (Marapicu tinha status político e econômico) para o pouso dos Queimados em função da ferrovia principal passar lá.

Em 1891 Nova Iguaçu se torna cidade e Cabuçu passa a constituir o distrito de Queimados. Entre o final do séc. XIX e até a 2ª Guerra Mundial, Nova Iguaçu exibiu a fama de ser a “cidade perfume” em função de seus vários laranjais para a comercialização com o exterior. Em Cabuçu não foi diferente. Em meio a brejos e laranjais, os moradores conviviam com suas ruas de terra e seus caminhos tortuosos buscando terrenos mais firmes. Para facilitar o escoamento, foi construída na dec. de 40 (1940), a Estrada de Madureira, conhecida por suas muitas curvas para fugir dos brejais de Cabuçu.

Findado o apogeu dos cítricos, “o ouro laranja”, Nova Iguaçu conheceu um novo momento, seu papel industrial, que passou a exercer por estar às margens de uma das principais rodovias do país: a Dutra. Para alocar os “novos iguaçuanos”, os migrantes que vieram trabalhar nas fábricas da cidade do Rio de Janeiro e de Nova Iguaçu, muitas chácaras laranjeiras foram retalhadas em loteamentos, entre eles o Jardim Cabuçu, cuja imobiliária era a Granja Paraíso, na década de 50.

As máquinas vinham abrindo ruas em meio às várzeas e as rodas eram esteiras que se saiam melhor nas ruas com lama.

Entre as ruas principais, lá estavam: a rua Severino Pereira da Silva, Itororó e Itaquaritinga. Até a dec. de 90 nada havia no final da rua Itaquaritinga a não ser mato e lama.

Há 12 anos, nada havia no loteamento 12 de outubro, criado recentemente. Com 6 anos de idade, eu acordei e estava no 12 há 12 anos. Em frente a minha casa: mato, à esquerda e à direita: mato, aos fundos um sítio muito antigo e a rua em frente, continuação da Itaquaritinga: terra firme e com ela, lama. Isso há doze anos.
Hoje, ao acordar em uma manhã chuvosa de verão, sinto o cheiro agradável da terra molhada e, talvez am função de uma possível descendência dos povos tupinambás que, infelizmente, já não existem mais, sinto nostalgia dessas histórias. Pouco se recordam das tradições dos nossos antepassados, porém, hoje, ao sair para o mercado, farmácia ou igreja, pratico um ritual passado de pais para os filhos, cujo tempo não sei ao certo. Um costume já tradicional dos que vivem nos arredores daquela rua Itaquaritinga, nomeada há tanto tempo. Hoje vivo na sociedade pós-moderna do séc. XXI e uso uma bolsa plástica nos pés para proteger-me da lama da rua Itaquaritinga.

Curioso esse fato. Isso prova que a memória dos povos e culturas locais é importante para conhecermos nossa história e entendermos nossas práticas culturais. O bairro Cabuçu e a rua Taquaritinga talvez não sejam conhecidos pelas empresas que criaram as bolsas plásticas para o transporte de mercadorias, mas, sem dúvida, aquele índio que nomeou a rua Taquaritinga e a folha daquela árvore fazem parte da vida das pessoas que moram nessa rua como eu e minhas gerações anteriores, moradores de Cabuçu.

Minha rua faz parte da história de minha cidade, que faz parte da história da humanidade e eu agora entro para história, escrevendo a minha história e a da minha rua. A minha rua tem história.

 
  

*Graduanda em Gestão Ambiental. E-integrante da Escola Agencia de Comunicação da SECTUR/NI dos projetos Jovem Repórter e CulturaNI . Ex-aluna do Pró-Jovem 2008 Turma A Cabuçu/NI
Texto Publicado no site
http://cabucuni.blogspot.com/2008/09/de-cabuu-para-histria.html em setembro de 2008 escolhido na gincana do Projeto Minha Rua tem História.

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Conselhos de amor


Por Adgeo*
O amor é como uma borboleta:
Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela estará ali do seu lado.
O amor poderá te fazer feliz, mas também pode vir a te ferir.
Mas o amor só será especial quando você tiver o objetivo de dá-lo a
alguém
que seja realmente valioso.  Por isso, aproveite o tempo livre para
escolher melhor.
 
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CAIO SOH

por Adgeo* 
 Tive minhas pernas amarradas na carroceria da loucura
Fui arrastado por toda minha cidade
Desconheci de perto em um passeio forçado todas as minhas formas
Esfolei minha lucidez nesse chão de novidades
Deixei pelo caminho um rastro pois meu corpo sangrava o pavor do
desconhecido
Me percebi outro (quase vacilo e choro)
Tentei desfazer o laço de interrogação que me carrega, mas o instinto
atrapalhava, pois estava decidido a me apresentar alguma verdade
Tentei me esvaziar para fugir mais rápido:
Chorei para tornar-me mais leve
 
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MEMÓRIAS DE UM NEGRO

                                                       Por Maryleiva Gomes*
 
Um dia separaram-nos em dois grupos e nos fizeram acreditar que éramos diferentes.
Guerreamos! Perdemos.
Daí fomos vendidos (ou trocados, não sei) por quinquilharias.
Aonde estava o meu valor?
Fui as mãos e os pés do engenho, da lavoura, da mineração, da casa e do eito; porém, acorrentaram meus pés e minhas mãos.
Produzi lucros. Nunca os fiz pra mim.
Porque me açoitaram tanto?
Minha alimentação? Comi o resto. Aquilo que sobra na panela e você dá ao seu cão, era quase sempre o que tinha pra eu comer.
Vi meus irmãos morrendo em navios. Vi minha mãe sendo punida. Por seu menor esforço, a espancaram. Vi meu pai cair morto após tantas horas de trabalho.
Fui traficado como droga...
Capturado como animal...
Disseram que eu não tinha alma.
Eles é que não tinham, pois, se a tivessem, não fariam sofrer tanto.
Passei por todo o tipo de humilhação!
Mais tarde, libertaram “meu” ventre...
Após, libertaram meus avós...
Enfim, libertaram-me do cativeiro, do cheiro podre da morte nos navios, dos chicotes, das marcações a ferro em brasa em meu peito e rosto, das queimaduras feitas nos meus lábios, dos que cortavam minhas orelhas e nariz, do tronco, do viramundo e da mordaça, da corrente, da gargalheira e dos anjinhos...
Porque não me livraram do medo, do pré-conceito, do racismo?
Sou liberto! Mas não me deixaram integrar-me à sociedade.
Sou pobre. Não tenho educação nem trabalho.
Sou ex-escravo e me vejo só na luta pela sobrevivência, beirando a marginalidade social.
Sou eterno escravo do que eles pensam da minha cor, mas e daí?!
Fui moço e quis sonhar como tantos, porém não tive tempo; estava ocupado trabalhando para um tal Senhor de Engenho. Agora estou velho, sou escravo livre. Um livre escravo da discriminação.
Sou negro, Negro, NEGRO e não me importam o que pensam de minha cor; me orgulho dela e de sua importância para esse país que pouco se importou com minha dor.
Desenvolvi, no entanto, não fui desenvolvido.
Morrerei!
Terei orgulho em morrer negro. E, se pudesse escolher, nasceria NEGRO de novo.
*Maryleiva Gomes:  Coordenadora do Movimento Pré-vestibular para Negros e Carentes Núcleo Cabuçu
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Diferenças Solidárias¨

por Edson Borges Vicente*
A sociedade é marcada por uma premissa enriquecedora: a diferença! Em contrapartida existe algo que a marca mais profundamente: a desigualdade! As diferenças são fatores determinantes para a existência humana, são o que faz  de cada um de nós um ser especial, único, com o valor inestimável da vida. As desigualdades, porém, dividem a sociedade em classes, em ricos e pobres, em abastados e miseráveis, em saciados e famintos. As desigualdades são produzidas socialmente e ferem a dignidade humana, impedem o pleno exercício da cidadania e atiram às margens da sociedade grande parcela da população mundial. Desde cedo os filhos do “berço de ouro” aprendem a escolher bem o que comer e muitos filhos da batalha aprendem com a vida que tem que lutar para subsistir. A saída escolhida é, muita das vezes, trágica. Jovens demais para morrer mas pobres demais para viver, muitos jovens, cujo futuro não lhes apresenta promissor, trocam suas vidas inteiras por breves fases de “sucesso”, se atiram na contravenção a fim de desfrutar dos prazeres da sociedade consumista e se fazerem “gente”; apostam na fuga à ordem estabelecida e reivindicam através da força o direito de ter o que só os que nasceram à sombra gozam, a saber: poder e abundancia de bens e, até mesmo, comida. Breve fase se diz ao constatarem as pesquisas que eles não passam dos vinte e quatro anos de idade. Para os mais velhos, chefes pais e “mães pais” de família, cujo mercado de trabalho se fecha e cujas barrigas de seus filhos choram, resta muitas vezes a humilhação da dependência alheia. Resta a esperança em promessas de campanha e na única coisa que podem oferecer, seu voto de confiança que muitas das vezes não é respeitado. Enquanto isso a mídia manipula ideologicamente a massa visando preservar o status quo da elite, naturalizar a exploração do homem pelo homem e gerar o desejo pelo consumo. Aposta na “caridade”, na doação daquilo que sobra, na verdade, daquilo que é roubado do trabalho dos homens. E será que isso é natural? Será mesmo que não existe uma saída? Marx nos diz que saída começa na consciência! Que a partir do momento em que a população se torna ciente da exploração a qual é submetida, toma atitudes contrarias a ela. Eu aposto na solidariedade, a atitude consciente de luta mutua aonde todos dão aquilo que vos falta. Devemos construir a nossa liberdade, também, através da critica, da consciência, da união. A partir disso, através da luta que travamos contra a nossa exploração, a exploração da nossa vida. A fome e a miséria do mundo, diferente do que pensava Thomas Malthus, não provem da insuficiência da produção dos alimentos e sim de sua má distribuição, das desigualdades sociais que o sistema promove, da exploração de classes, do homem pelo homem. Só se combate a fome na luta contra as desigualdades. Só se combate a miséria através da justiça, da consciência, do respeito à vida humana, que não parte de cima, mas de cada um que sofre, da massa que pode reivindicar sua vida, sua cidadania. E isso só se concretiza através da solidariedade, da união dos homens pela dignidade dos homens. Na consciência e na luta.

* Edson Borges Filadelfo - Graduado em Geografia pela UERJ; professor de Geografia e Coordenador do Núcleo Cabuçu do PVNC, Professor da Rede Estadual do Rio de Janeiro e da Rede Muncipal da Cidade do rio de Janeiro.
¨Texto escrito para o concurso de redação para universitários Folha Dirigida / UNESCO / MEC 2007 com o tema: como vencer a miséria e a pobreza.

Um sonho à frente

Por Edson Borges*

Mais um na multidão?
Não aceito tal predestinação.
Se posso ir mais longe, mais alto!
Por que estagnar-me nesta situação?
Se vejo os “mais fortes” vencendo
Apostando na vida e vencendo
Como posso não ter o que posso?
E viver, só na vida, perdendo?
Eu não quero entrar pra história
Nem, em todos, ficar na memória
Pois, pra mim, fazer parte da vida
Ter o que é meu de direito, já é uma vitória
Ser gente é ser maravilha
É nunca desviar-se da trilha
É fazer cumprir seus direitos e deveres
É ter trabalho, amigos e família
Eu vejo à minha frente uma realidade
Um sonho de vida imutável à idade
Ser participante da sociedade
Passar para uma universidade

texto produzido em 27/11/2003

* Edson Borges Filadelfo - Graduado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; professor de Geografia e coordenador do Núcleo Cabuçu do PVNC, Professor da Rede Estadual do RJ.
 

Teatro de Caneta e Papel – A Vida


 Cena 1 – Tentativa de reencontro:
      Os olhos fitam o papel, a caneta a postos à mão direita que carrega consigo, no pulso, o relógio, testemunha dos tempos passados. Os mesmos marcavam 10:37h pm. Era noite do dia vinte e quatro de janeiro de dois mil e seis.
 Cena 2 – O tremular das letras:
      A distancia severa do prazer da escrita havia levado a astúcia do desenhar das palavras, então, póstumo ao contato da esferográfica ao caderno, permaneceu um balangar de traços tortuosos que, embora enfeiassem o documento original, não retiravam a beleza da estória a ser contada. Após tantas noites sem o desabafo cotidiano, começava a humilde tentativa de pazes com a caneta e o papel e, novamente, se estava “escrevendo uma vida”.
 Cena 3 – Perseverança:
      E se começava o texto, o sono se embala, ajudado pela preocupação com a vida, somado à baixa luz proporcionada pelo lustre em cúpula de vidro esbranquiçado. Não é fácil iniciar. Como se inicia uma estória iniciada? Como contar um filme a partir de sua metade? Procede a anterior apesar de ser, a vida, uma única, longa e curta história de estórias.
 Cena final:
      Começa a história...

* Edson Borges Filadelfo 24-01-06
Contatos: organizador do site

Estilo de Vida

Vou sair
e, indeciso... com que roupa eu vou?
Vou de Jeans; no pé, um Nike
que outra opção restou?
Em minha agenda é Sunday, october, 10
logo à noite tem Reality Show
Mas não dá, vou sair, assistir a sessão das dez
Jackie Chan em Nova Yorque
September ,11 já passou.
É uma pena, eu queria ver
Filme de guerra me atiça
Terrorismo x Liberdade
mas sei que sempre vence , a justiça.
Tudo bem,
o que importa é eu me alimentar de Cultura
afinal, Cine-Brasil é tão chulo,
e pobre
e vulgar. Cadê a censura?
Veja o Funk! o Axé! O que fizeram com o Brasil?
Cidinho e Doca, o que fizeram com vocês?
Outro dia, na TV, vi a tradução de um Hip-Hop
daí pude perceber.
Ainda assim eu não mudo
pois  mudaram   minha   essência
eu era  samba  e hoje o  samba,
vejam!  Só  é  samba na   aparência
digo por experiência.
Tenho de ir, estou atrasado
tenho que passar no Champion
pois é lá que ela trabalha
por contrato temporário
sai  as  18:00h  no  Domingo
está quase no horário.
É Trainne, fez  Microlins
CCAA  e  SOS
Está se capacitando ao mercado de trabalho
É o Self Made Man, é assim que se cresce.
Estou com fome, vou comer
um Big Mac com Coca Cola
É o Fast Food do momento
no meu Ford ligo o Dial, um CD do Roxette
assim esqueço o sofrimento
E, no cine, no Guichê
vou pagar com Credcard
é um Status que conquistei
e, no trailer, um logo dos USA
esse mês lançam mais dois
vou conferir na Web depois
taí, até que gostei!
Já é Night, vou fechar com Gouden Key
já não posso contar mais, estou de partida
só falo que tem Souite, Chanpagne e Lingerie
ao som de Mariah vai ser love até a saída
esse é o meu estilo de vida...

 

* Edson Borges Filadelfo - Graduado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; professor de Geografia e coordenador do Núcleo Cabuçu do PVNC, Professor da Rede Estadual do RJ.
Texto baseado na leitura de Carlos Drumond de Andrade - Eu Etiqueta.

Pensando_Poesias_Crônicas_Contos_Redações
Universidade do Estado do Rio de JaneiroFaculdade de Educação da Baixada FluminenseCurso de Licenciatura em Geografia com Ênfase em meio Ambiente
2º Período - 2004/2 Matéria.: Cultura: O global e o local II
Profª Jacqueline
Graduando.: Edson Borges Vicente

Audição

Pensando - Poesias_Crônicas_Contos_Redações
   Por Edson Borges Filadelfo
(20/08/2001)

Digo flores sobre ti...
Ouço espinhos.
Digo belos raios de sol...
Ouço trovões e chuva.
Digo a brisa do mar...
Ouço, de ti, ventanias.
Tu me dizes água.
Eu, de ti, ouço vinho.
Pronuncias fumaça.
Meus ouvidos só ouvem
o mais puro ar fresco
Pois és pura como o ar que respiro,
Como a água que bebo,
Como o vento que me refresca,
Como a chuva que rega as flores,
Como o sol que ilumina o nosso amor.
Por que, tudo que disserdes a mim,
Mesmo que, amargas palavras,
Elas se farão doces
Como o mais puro mel.
Para adoçar cada vez mais
esse sentimento que nos rodeia.
Tu me insultas e, o que me envolve,
é melodia!
Uma sinfonia me faz dançar.
Me falha a audição se não é você quem fala.
Sou mudo, se não é pra você que digo:
Eu te amo!

Republicando de www.geoeducador.xpg.com.br

Atuação profissional do Geógrafo e o papel da Empresa Júnior Geoambiental. - Resumo

REPUBLICANDO DE WWW.GEOEDUCADOR.XPG.COM.BR - 2005

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO
Departamento de Geografia

Introdução à Geografia -   Prof. Gláucio Marafon

Sem: 2005/1 - Al: Edson Borges Vicente 

Resumo do Texto:

 MIYAZAKI, Vitor K. NORONHA, Elias O. FERREIRA, Rogério M. BRIGATTI, Newton. Atuação profissional do Geógrafo e o papel da Empresa Júnior Geoambiental. São Paulo: UNESP.


Introdução
     Artigo escrito por um grupo de estudantes em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP- Campus Pres. Prudente), aborda as principais áreas de atuação do Geógrafo na atualidade como também outras possíveis atuações em face da grade curricular que consiste a maioria dos cursos de graduação em Geografia do país. Há uma ênfase, por conseguinte na discussão sobre a grade, assim como sobre específicas disciplinas e seu campo de abordagem e ainda seu pressuposto interdisciplinar, revelando a importância da Geografia em função do eu olhar amplo e sistêmico.

A Geografia do Estado do Rio de Janeiro - Relatório

REPUBLICANDO DE WWW.GEOEDUCADOR.XPG.COMBR - 2005

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO
Departamento de Geografia

 Introdução à Geografia -   Prof. Gláucio Marafon

Sem: 2005/1- Al: Edson Borges*

Relatório da Palestra do dia 25/04:

 A Geografia do Estado do Rio de Janeiro

Palestrante: Professor Miguel Ângelo Campos Ribeiro
 TEMA: Abordagem Histórico - Geográfica sobre o espaço fluminense.

"A totalidade que supõe um movimento comum da estrutura, da função e da forma, é dialética e concreta. Para estudá-la, é preciso levar-se em consideração todas as estruturas que a formam e que em conjunto ou isoladamente, a reproduzem."
Milton Santos
 Resumo da Aula:

    A Palestra abordou o espaço fluminense baseando-se em sua gênese política, as transformações ocorridas ao longo de seus quatro séculos de ocupação pós grandes navegações européias e as características mais importantes da atualidade. Em suma, um passeio sobre o espaço cotidiano e lugar da quase totalidade dos graduandos em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; daí a importância dos mesmos entenderem sua dinâmica e complexidade, sendo mister a sua compreensão.

O Geográfo e a Geografia - a Pedagogia na formação do Bacharel

REPUBLICANDO DE WWW.GEOEDUCADOR.XPG.COM.BR - 2005

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO
Departamento de Geografia

 

Introdução à Geografia -   Prof. Gláucio Marafon

Sem: 2005/1- Al: Edson Borges 

Resumo dos textos: A dimensão pedagógica na formação do geógrafo; A formação do prof. De Geografia; O geógrafo e a Geografia. Autor desconhecido.


 
     “Na medida que os alfabetizandos vão organizando uma forma cada vez mais justa de pensar, através da problematização do seu mundo, da análise de sua prática, poderão atuar mais seguramente no mundo
Paulo Freire, 1968
Introdução.
     A Geografia é uma ciência do nosso cotidiano e vem passando por um processo de avanço e de popularização, no sentido de buscar melhores compreensões da realidade.
     O inicio do Livro (Introdução) destaca o entendimento do território para a Geografia como base para / e a própria sociedade; Tendo vida e movimento.
     O objetivo do livro é entender a contribuição que a Geografia pode dar para entender a realidade e formar cidadãos. O livro foi escrito com a consciência da atual fase de mudanças rápidas no mundo, exigindo profissionais criativos e críticos.
     Há um destaque para o fato de o ensino tradicional ter se esgotado e as novas questões fazerem parte do cotidiano da universidade.
     O 1° texto foi escrito por pedido da AGB, o 2° para o Boletim Gaúcho de Geografia e o 3° para discussão interna no curso de Geografia.

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A EMERGÊNCIA DOS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS E O PAPEL DO PRÉ-VESTIBULAR PARA NEGROS E CARENTES (PVNC)

REPUBLICANDO DE WWW.GEOEDUCADOR.XPG.COM.BR- 2004

                                                   Edson Borges Filadelo(Junior)*

  “Devemos nos preparar para estabelecer os alicerces de um espaço verdadeiramente humano, de um espaço que possa unir os homens para e por seu trabalho, mas não para em seguida dividi-los em classes, em exploradores e explorados...”.
                                                                                              Milton Santos


Introdução

    
Nos últimos anos, principalmente a partir dos anos 1970, temos percebido o crescimento dos Movimentos Sociais (Sindicatos, ONG`s, Movimentos de afirmação de identidade e Movimentos de educação popular). A crise do capitalismo levou a sociedade a vários questionamentos. Nesse período, “ocorreram mutações intensas, econômicas, políticas, ideológicas” (Antunes, 2001, p. 183). O modelo de acumulação Taylorista / Fordista vigente desde o inicio do séc. XX tinha como característica, a desvalorização da “dimensão intelectual” da massa dos trabalhadores, os mesmos passaram por um longo período, por um processo de “Ressocialização Homogeneizadora”, ficando apagados da memória dos fatos marcantes da evolução das tecnologias, uma vez que essa ficava a cargo da “Gerência Cientifica” (Antunes, 2001, p. 185). Acontece que, contra qualquer forma de Homogeneização, levantam-se as Identidades Culturais que, ao afirmar suas especificidades, colocam em cheque a validade dos discursos ideológicos que controlam a sociedade. Segundo Souza, “Temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracterize” (Souza citado por Sacavino, 2000, p. 19). O papel dos intelectuais nessa perspectiva é fundamental, pois são eles que controlam esse jogo de construção simbólica. (Ortiz, 1985, p. 142).
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GENEROSIDADE: o papel do professor

REPUBLICANDO DE WWW.GEOEDUCADOR.XPG.COM.BR - 2006


                                                                                      Por Simone Nascimento de Souza*
A luta do professor
    A atualidade sucinta uma reflexão sobre a relação professor - aluno. Temos, cada dia mais, a necessidade de se preservar o valor da educação enquanto pressuposto básico da formação social dos cidadãos. A escola pede ajuda à medida que surgem novos valores artificiais, produzidos pela Globalização e se impõe, ameaçando o futuro da escola no seu mais amplo significado.

         A importância da boa relação entre professor e aluno ganha mais ênfase nos dias atuais. A aceleração da transmissão e manipulação de informações, obtida com o avanço das novas tecnologias de informação e comunicação
(NTIC'S) e sua disseminação com a Globalização trouxe novos padrões de relações sociais que dificultaram a tarefa do professor que, se vê obrigado a buscar uma incessante atualização que só acontece às custas de um árduo exercício de avaliação crítica a fim de filtrar as informações passadas pela mídia.
     O esvaziamento das
relações sociais, ocorrido com a disseminação das "relações virtuais", onde a não necessidade do encontro físico, a não necessidade de se olhar nos olhos, forma gerações cada vez mais artificiais, culminando em uma massa que somente (ou quase na maioria das vezes) busca socialização na solidão.
     Cada dia que passa, o mundo da ciência e da técnica aprofunda a noção de
individualidade e competição. Professor e aluno são dois sujeitos que também se encontram nesse contexto, por isso, há uma dificuldade do professor propiciar uma formação que capacite o aluno a lidar com essa situação, visto que, o próprio professor já tem que enfrentar essa realidade. Ao professor, cabe mais do que, simplesmente, formar técnicos capazes de vencer a competição; cabe, ao professor, ajudar o aluno a encontrar o seu lugar no mundo, a exercer plenamente a sua cidadania; cabe, ao professor, mais do que tudo, formar o cidadão.
     Quanto à interferência no processo de formação da cidadania do aluno, mais precisamente, a importância da escola enquanto local de formação, podemos dizer que ela é o espaço de socialização mais eficaz, uma vez que, nela, o aluno se depara com uma diversidade maior de pessoas, necessidade de tarefas intelectuais, provocando uma quebra de rotina que ocorre em função do limitado convívio social (limitado em termos de variedade) no reduto familiar, amigos ou igreja. A diversidade é um fator crucial na formação do cidadão.
     O professor é um modelo para o aluno, a identificação que o aluno tem com o professor é algo de suma importância para a formação desse primeiro, a relação de carinho é impulsionadora para o aluno ter o desejo de aprender e, se o professor é um ponto de referência, um modelo de cidadão passível a ser seguido, o aluno, ao buscar tornar-se cidadão, a exemplo do professor, estará a passos de uma boa formação, uma vez que parte de uma boa referência. As falas, as atitudes do professor são percebidas pelo aluno; o professor ganha
poder. Isso se dá no inconsciente do aluno.
      Mas o professor tem de ter muita atenção para que isso não torne a relação entre ele e o aluno, uma relação demasiadamente vertical, o professor não pode usar desse poder em prol de separar-se dos alunos por encontrar-se "patamar mais alto", pois assim seria mais fácil, porém perigoso, o professor estaria abandonando a responsabilidade de tornar o aluno, cidadão, uma vez que estaria colocando, este último, em uma condição de eterna subjugação.
     Podemos perceber, então, que o professor encontra muitas dificuldades de propiciar ao aluno, uma autonomia cidadã; com isso, espera-se que o professor exerça, sim, a sua autoridade, mas que essa venha da sua competência e generosidade, que o professor tenha
amor aos alunos e tenha a noção que eles são o futuro e que, esse futuro, pode ser muito promissor se estiver abarrotado de pessoas dignas, críticas, enfim, cidadãs.

Texto baseado no Artigo de: GOMES, Márcia P. R. de Magalhães. A importância da relação professor-aluno na construção de conhecimento, extraído de http://www.educacão pública.rj.gov.br/biblioteca/educacao/educ57.htm em 11/09/2005

*
Simone  de Souza Graduada em  Pedagogia pela UERJ

Os Estados Unidos da América e a Geopolítica da Guerra eterna: os casos do Afeganistão e do Iraque[i].

REPUBLICANDO DE WWW.GEOEDUCADOR.XPG.COM.BR -  2005

Os Estados Unidos da América e a Geopolítica da Guerra eterna: os casos do Afeganistão e do Iraque[i].
Edson Borges Vicente*

     “La vida no vale nada cuando otros están matando Y yo sigo aqui cantando Cual si no pasara nada”
Pablo Milanés

"Não há caminho para a paz, a paz é o caminho”
Mahatma Gandi

Introdução.

     Nos últimos quatro anos o mundo viu-se diante de um grande temor; seria a terceira guerra mundial? Não! apenas a historia confirmando que a geopolítica dos Estados Unidos da América (EUA) é feita de guerra. Após os ataques às torres gêmeas do Word Trade Center (WTC), em Nova Iorque e ao Pentágono,em Whashington, e o Avião que caiu na Pensilvânia, a “nova Canaã”, em onze de setembro de dois mil e um, a mídia passou a ter os olhos e as lentes voltados para a Casa Branca e os paises islâmicos[1]. O ataque atingiu pontos simbólicos do poderio americano, de um lado o poderio comercial, New Iorque, o coração financeiro do mundo e as torres mais altas do mundo, no WTC, de outro, o poderio bélico representado pela inteligência militar dos EUA, o Pentágono. A condenação antecipada de Osama Bin Laden, Como o mentor dos ataques de onze de setembro, impulsionou o governo de George W. Bush, a uma odisséia contra o “Terror”. esse tal “terror”, colocado em oposição `a “liberdade”, (a democracia), foi a principal meta do governo americano, levando-o a passar por cima da Organização das Nações Unidas (ONU) e causar uma sensação semelhante à Guerra Fria, onde a soberania dos Paises é colocada em cheque à medida que se atribui os, vagos, possíveis portes de armas de destruição em massa aos países que “apóiam” o terrorismo. O governo americano tentou retomar um acordo entre as nações americanas, para apoiá-lo, o (TIAR) Tratado interamericano de Assistência Mutua, o problema é que foram eles próprios que o quebraram quando apoiaram a Inglaterra na Guerra das Malvinas em 1982. mesmo, assim os EUA saíram à caça aos Estados Hostis. Bush reativou a CIA, dando-lhe novamente o direito de matar adversários e encomendou a cabeça de Bin Laden.
     Isso aconteceu no mesmo ano em que se instalou uma moeda única, o Euro que vigora em uma das economias mais dinâmicas mundiais[2], a Europa.  Na época, uma moeda que reunia doze paises e 300 milhões de pessoas. Uma moeda que prometia brigar ferozmente com o dólar pelo mercado mundial.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CURSO LIVRE DE HISTÓRIA


“MUNDO CONTEMPORÂNEO: ECONOMIA, POLÍTICA E SOCIEDADE”

Objetivo: Ampliar conhecimentos e promover uma ampla discussão sobre a História das Sociedades Contemporâneas. Público Alvo: Professores, estudantes e todos os interessados no estudo da História Geral e do Brasil.
PERÍODO DO CURSO: DE 10 de setembro (início das aulas) até 12 de novembro de 2011
-HORÁRIO DAS AULAS:  Sempre aos sábados das 09h00m até 13h00m -
Local do Curso: ESCOLA MUNICIPAL MONTEIRO LOBATO – RUA LUIZ DE LIMA, S/N – NOVA IGUAÇU – CENTRO – AO LADO DA VILA Olímpica de Nova Iguaçu.                                                                        Inscrições dias 13/20/27 de agosto e 03 de setembro  (aos sábados das 9h às 13h) na ESCOLA MUNICIPAL MONTEIRO LOBATO – ao lado da Vila Olímpica.                  INF: e-mail cemobafluminense@terra.com.br – OU – 9357-8983 (PROF  ESTEVAM)
  CARGA HORÁRIA: 64 h/a com CERTIFICADO EMITIDO pelo SINPRO-BAIXADA em parceria com o Centro de Memória Oral da Baixada Fluminense. (CNPJ: 05.383.467/0001-81)
INVESTIMENTO: 2 PARCELAS DE R$40,00 (VAGAS LIMITADAS)  - SINDICALIZADOS: 2 PARCELAS DE R$35,00 (VAGAS LIMITADAS)
MÓDULOS
10/09/2011 - "IMPERIALISMO E REPRESSÃO: DA ESCOLA DAS AMÉRICAS À OPERAÇÃO CONDOR” - Professor - Rubim Aquino – Autor de Livros de História.                                                                                   17/09/2011 – “ESQUELETOS E ARQUIVOS DA DITADURA MILITAR (1964/1985)” - Modesto da Silveira - Advogado, Defensor dos Direitos Humanos e Relator da Lei de Anistia  e  João Batista Damasceno - Doutorando em Ciência Política UFF e Juiz de Direito .                                                                                                           24/09/2011 - "O BRASIL E O CAPITAL-IMPERIALISMO" - Professor Pedro Campos - Doutorando em História - UFF.                                                                                                                                                                 01/10/2011 - “O COLAPSO DA URSS: NOVOS RUMOS DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA    - Professor Mário Grabois – Mestre em Ciência Política - UFRJ.                                                                                                   08/10/2011 – “O IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO: FORMAÇÃO, EXPANSÃO E HEGEMONIA" – Professor Frederico Falcão – Doutor em Serviço Social - ESS/UFRJ.                                                           29/10/2011 – “RELAÇÕES INTERNACIONAIS E POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA”- Professora Ana Saggioro Garcia – Doutora em Relações Internacionais – PUC – RJ.                                                                     05/11/2011 –“DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA E A FORMAÇÃO DO TERCEIRO MUNDO” - Professor Adriano de Freixo – Doutor em História - UFRJ.                                                                                        12/11/2011 - “SOCIEDADE E CULTURA ISLÂMICA” – Professor Ronald Apolinário – Doutorando em Ciências Sociais – UERJ.