EFE – 2 horas 34 minutos atrás
Nações Unidas, 29 nov (EFE).- A Assembleia Geral das
Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira por maioria absoluta uma resolução que
reconhece a Autoridade Nacional Palestina (ANP) como um Estado observador
não-membro.
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Em uma votação direta no plenário da Assembleia Geral,
a resolução impulsionada pelo líder palestino, Mahmoud Abbas, contou com 138
votos a favor, nove contra e 41 abstenções.
A resolução, que "reafirma o direito do povo palestino à
autodeterminação e à independência em um Estado da Palestina a partir das
fronteiras de 1967", eleva o status da ANP de "entidade
observadora" para "Estado observador não-membro".
Além disso, expressa a "urgente necessidade" de
retomar e acelerar as negociações para alcançar um acordo de paz "justo,
durável e completo" entre palestinos e israelenses baseado nas resoluções
da ONU, nos princípios de Madri e no roteiro do Quarteto para a Paz no Oriente
Médio.
A resolução da Assembleia Geral confia que esse eventual
acordo ajudará a resolver os temas pendentes mais importantes: "os
refugiados palestinos, Jerusalém, os assentamentos, as fronteiras, a segurança
e a água".
Depois da votação, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,
disse que após um dia que qualificou de "histórico" é
"urgente" que palestinos e israelenses retomem
"negociações" diretas.
"Acho que os palestinos têm seu legítimo direito a ter
seu próprio Estado independente e Israel tem direito a viver com segurança
dentro de suas fronteiras", ressaltou Ban, que reiterou que "não pode
haver substitutos às negociações diretas".
Uma vez confirmado o novo status, a Palestina terá acesso a
várias agências do sistema das Nações Unidas, como já ocorreu no ano passado
com a Unesco, e a cortes internacionais como o Tribunal Penal Internacional
(TPI).
A votação de hoje foi a quarta tentativa das autoridades
palestinas para conseguir um maior respaldo internacional desde que as Nações
Unidas reconheceram o direito à autodeterminação do povo palestino em 1974.
A última tentativa tinha sido em setembro de 2011, quando o
pedido palestino para que a ONU lhe reconhecesse como Estado membro de pleno
direito foi bloqueado no Conselho de Segurança devido à oposição dos Estados
Unidos. EFE