sexta-feira, 24 de abril de 2015

SEEDUC-RJ Convocação de Professores Concurso 2013.2

Professores concurseiros aprovados na SEEDUC 2013.2 devem conferir essa convocação mais recente.

A Secretaria de Estado de Educação publicou, no Diário Oficial desta sexta-feira (24/04), a convocação de 07 candidatos aprovados no concurso realizado em 2013.2.

Os candidatos devem comparecer ao local designado, de acordo com a escala de convocação, munidos de documento de identidade, CPF, Pis/Pasep, Título de Eleitor, Carteira de Trabalho, Certificado de Reservista, diploma de conclusão, histórico escolar e comprovante de residência.

Confira, abaixo, a página do Diário Oficial:
- Página 23

Fonte: http://www.rj.gov.br/web/seeduc/exibeconteudo?article-id=2409973


SEEDUC Contrato Temporário 2015 com inscrições abertas na rede estadual do RJ..


Estão abertas as inscrições para contrato temporário para professor da Rede Estadual do RJ em 2015. Os interessados deverão entrar no site da SEEDUC/RJ e preencher o cadastro na FICHA DE CADASTRO (CLIQUE AQUI).


São 2.105 vagas aprovadas pelo governador no D.O do dia 22/04. Destas,
80 são para PII (Professor do Primeiro Segmento do Ensino Fundamental - 1º ao 5º anos). Para preencher essas vagas é necessário possuir curso de Ensino Médio Normal ou Licenciatura Plena em Pedagogia.

2025 para PI (Segundo Segmento - 6º ao 9º anos; Ensino Médio e Educação Profissional), das quais, 1.425 são para carga horária semanal de 16h e 600 para carga horária de 30h. Para essas vagas são exigidas licenciatura plena nas áreas pretendidas, além de registro nas entidades de classe, quando exigido.

Os contratos terão duração de 2 anos podendo serem prorrogados por mais um. Até 04 de maio a SEEDUC publicará disposições complementares e data final.
Fonte: Blog www.rachelrfc.com



terça-feira, 21 de abril de 2015

Prefeitura de Nova Iguaçu nomeia professores convocados em 2015, aprovados no concurso 2012.

A prefeitura de Nova Iguaçu nomeou, nessa segunda feira, dia 20 de abril, mais uma leva de docentes convocados no início do ano (concurso 2012). A demora se deu em função dos prazos longos das perícias. A lista de professores nomeados está no D.O de 20 abr. 2015, publicada no Jornal Z.M Notícias e no site camaleo.com:  <http://pt.calameo.com/read/0025584352c5c318cb916>


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Herói: um simples humano ou um humano simples: as contribuições de Freire e do Filme ‘Quando Tudo Começa’ na promoção da responsabilidade docente.

Herói: um simples humano ou um humano simples: as contribuições de Freire e do Filme ‘Quando Tudo Começa’ na promoção da responsabilidade docente.
Edson Borges Filadelfo[1]

Os verdadeiros heróis não se reconhecem como tal, nem buscam tal reconhecimento. Na verdade não existem heróis e sim, verdadeiros humanos, ou melhor, humanos verdadeiros que em sua simplicidade fazem a diferença a partir das escolhas certas, das atitudes certas e da postura certa nas horas necessárias. E quando isso ocorre na escola e, em especial, quando parte da liderança da escola (a gestão), as coisas podem ter conseqüências mais profundas do que se espera. ‘Quando tudo começa’, filme francês que aborda o cotidiano de uma escola de educação infantil de uma cidade periférica da França na década de 1990 fase de consolidação do neoliberalismo a partir da experiência de um diretor engajado com as necessidades estruturais para o aprendizado dos alunos, inclusive extrapolando os muros da escola, contribui para a formação humana do educador. O torna mais sensível aos problemas cotidianos que são muitas vezes comuns ás escolas periféricas, até mesmo em países desenvolvidos.
A personagem principal é um educador diferente dos demais apenas por não desistir de seus princípios fundamentais, não negar sua responsabilidade docente, enfrentando dilemas e problemas dos mais variados possíveis e se vendo até mesmo dentro do âmbito familiar envolvido com questões de ordem social e econômica, obrigando-se a mediar conflitos na esfera política quando a educação deixa de ser prioridade no estado francês, marcada a muito por uma postura geralmente voltada ao social, até mesmo paternalista. A contrinuição de Paulo Freira nesse sentido é grande quando destaca a “necessidade de uma intervenção competente e democrática do educador nas situações dramáticas em que os grupos populares, demitidos da vida, estão como se estivessem perdido o seu endereço no mundo” (FREIRE, 2001, p. 27).
O diretor, amante da literatura, não deixa que os desafios impostos cessem sua produção artística, sua responsabilidade enquanto diretor e professor nem mesmo seu afeto e envolvimento amoroso, assim como sua solidariedade para com os alunos, pais, professores e demais sujeitos envolvidos no cotidiano da escola. Mais uma vez recorremos a Freire para quando o mesmo diz “Sei que as coisa podem até piorar, mas sei que é possível intervir para melhorá-las”. (FREIRE, 1996, P.22). De todo modo, ele – o diretor - até pensa em desistir em uma certa altura, porém, os frutos de sua atuação convergem em um apoio mútuo de sua equipe e de todos que com ele convivem, o fortalecendo em um ano, que o mesmo considerou atípico, mas que cada vez mais parece via de regra.
Embora a situação pareça de redução da importância o papel do educador, em todas as modalidades de ensino, inclusive na EJA, devido ao fato dos alunos serem em sua maioria já adultos e com problemas mais complexos, não pode acabar no educador a alegria e a coragem para continuar a praticar a educação em sua totalidade. Assim sendo, a esperança, cujo ditado popular diz que é ‘a última que morre’, na verdade é a geradora das outras condições humanas para o exercício da docência. Mais uma vez recorremos a Paulo Freire que insiste na “a esperança  de que professores e alunos, juntos,  podemos  aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos  igualmente  resistir aos obstáculos  à nossa alegria”. (FREIRE, 1996, P.29).

Referencias Bibliográficas

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra. 1996.
FREIRE, Paulo. Política e Educação: ensaios. 23ª ed. São Paulo: Cortez. 2001.




[1] Bacharel e Licenciado em Geografia pela UERJ. Pós-Graduando em Educação de Jovens e Adultos pelo IFRJ Nilópolis. Professor da Rede Estadual de Educação do RJ: SEEDUC.

Resenha do Artigo "Reflexões acerca da organização curricular e das práticas pedagógicas na EJA" de Inês Barbosa de Oliveira.



RESENHA

OLIVEIRA, Inês Barbosa de. Reflexões acerca da organização curricular e das práticas pedagógicas na EJA. Educar n. 29. Curitiba: Editora UFPR, 2007. p. 83-100.
                                                          Edson Borges Filadelfo [1]
Objetivando promover uma reflexão a cerca da organização curricular e as práticas pedagógicas na Educação de Jovens e Adultos – EJA, o artigo “Reflexões acerca da organização curricular e das práticas pedagógicas na EJA” de Inês Barbosa de Oliveira é estruturado em quatro partes: abordagem histórica, análise de relatos de situações vivenciadas pela autora e de terceiros próximos a ela, aprofundamento teórico e análise de propostas curriculares com proposição de debates com vistas à adequação dos currículos orientados à EJA. A autora, professora adjunta de Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ, membro do GT Currículo da ANPEd e que também possui muitos trabalhos publicados com o tema “cotidiano escolar”, atua em um Campus Universitário que abriga o Fórum Estadual de EJA do Rio de Janeiro e, dessa forma, está próxima dos sujeitos: docentes , discentes e gestões que debatem a educação de jovens e adultos.
Na análise histórica da EJA no Brasil, o texto aborda as concepções compensatória, o “Método Paulo Freire” e ações governamentais pré e pós golpe militar de 1964 além do esforço dos educadores atuais em ampliar a noção das pessoas a quem a EJA se destina.
Entre os principais problemas que se apresentam nos espaços-tempos em que a Eja acontece, trabalhados do artigo, a autora destaca a infantilização dos educandos e a inadequação de conteúdos e modos de abordá-los, bem como de linguagem.
Para pensar em novas práticas pedagógicas e em currículos adequados à modalidade, professora Inês propõe o conceito de tessitura do conhecimento em redes, segundo a qual os processos de ensino-aprendizagem não podem controlar o conhecimento que está relacionado às experiências e à inserção dos sujeitos no mundo. Ainda sob essa ótica, citando outro trabalho seu anterior, ressalta que há a possibilidade da atribuição de significado “por parte daqueles que aprendem, às informações recebidas do exterior — da escola, da televisão, dos amigos, da família etc.” (OLIVEIRA 2003, apud OLIVEIRA, 2007, p.87). A não observação desse pressuposto culminaria na indevida relação do currículo e da metodologia comumente utilizadas na EJA onde “idade e vivências social e cultural dos educandos são ignoradas, mantendo-se nestas propostas a lógica infantil dos currículos destinados às crianças que freqüentam a escola regular” (Op cit, p. 88). Seria necessário, portanto, repensar critérios de organização de alunos e conteúdos, bem como a avaliação e, para tanto, espaços como o da escola e outros ambientes propícios à discussão precisam ser potencializados.

A leitura do trabalho proposto pela professora, como ela mesma ressalta, não fornece aos interessados na temática, especialmente aos docentes que atuam em classes de EJA, ‘receitas’ ou ‘soluções mágicas’ para os problemas enfrentados nesses espaços-tempos. Todavia os aproxima da reflexão que é necessária para a promoção de mudanças de concepção e de prática, sobretudo no ambiente de sala de aula, muitas vezes o último a ver os resultados do debate travado em academias, sala de professores ou reuniões pedagógicas. Desse modo, o valor do texto reside fundamentalmente em seu papel questionador das máximas aceitas como base das propostas curriculares e das práticas pedagógicas propostas e adotadas em EJA. Sendo assim, visa instigar os sujeitos envolvidos na temática a buscar o novo a partir do reconhecimento dos alunos também como tal.

[1] Bacharel e Licenciado em Geografia pela UERJ. Pós-Graduando em Educação de Jovens e Adultos pelo IFRJ Nilópolis. Professor da Rede Estadual de Educação do RJ: SEEDUC.